quinta-feira, 30 de setembro de 2010

De volta a 1942

Ao ver que Rick Blaine (Humphrey Bogart) escondeu os salvo-condutos no piano de Sam (Dooley Wilson), o zeloso funcionário do Museu Imperial fez uma busca e encontrou uma carta escondida em 1942 no estofamento de uma cadeira. Era a confissão de um agente nazista de que Stefan Zweig teria sido assassinado para que não aceitasse o convite para interpretar e ridicularizar o Fuhrer como destaque de carro alegórico no desfile de uma escola de samba.
Um comando nazista chegou a Petrópolis e trocou por cianureto as pastilhas de homeopatia que Zweig tomava para combater as frequentes dores de cabeça que o acometiam devido à saudade de Viena. Sua companheira Lotte teria sido uma vítima inocente. Os nazistas não sabiam que ela partilhava as pastilhas.
Zweig estava tentado a aceitar o convite da escola de samba. Era fisicamente parecido com o cabo austríaco que se tornou a encarnação de todos os males passados, presentes e futuros. Zweig só achava que um desfile numa Grande Sociedade teria maior repercussão, porque em 1942, elas eram mais populares do que as escolas de samba. E tinha uma de que ele gostava muito. Chamava-se, bem a propósito, Os Tenentes do Diabo.

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