sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Alma livre




















Escondo-me numa toca
de onde só saio à noite
quando a luz é pouca
e voam livres os sonhos.

A noite é minha casa,
de telhado transparente
para que a luz das estrelas
entre em pequenos focos
de multicores diamantes.

Minha coberta é a brisa
de veludo azul marinho
que alisa o descampado
e faz com que as flores
se inclinem ao seu lado,
balançando de mansinho.

Invento nomes doces
que façam companhia
ao encanto com que
você me surpreende
a cada novo dia.

Nomes de flores raras,
cores que são poesia,
murmúrios da floresta,
passarinhos exibidos
que se chamam alegria.

Por que estás distante,
se meus versos são quietos,
sussurros das águas,
segredos de ribeirinho?

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