O primeiro amor não acaba. Ele pode ficar em suspenso, para ser recomeçado, caso se tenha esta sorte, ou então para ser guardado como um tesouro, como uma daquelas recordações que são capazes de nos salvar a vida nos momentos mais difíceis. E o primeiro amor não é necessariamente aquele cronológico, mas o primeiro momento em que nos entregamos ao romantismo, em que reparamos no calor da mão da namorada, em que abraçamos aquela menina linda e andamos sem pressa pela calçada roçando os ramos de jasmim.
Como era bom sair de casa, de olho no relógio, para chegar na porta da escola dela antes do sino bater. E ficar procurando aquele rosto meigo em meio às outras meninas, e sentir o universo ficar mais colorido quando aquele rosto doce se volta na nossa direção e sorria com a alegria que só está acessível aos apaixonados. E ficar depois horas no telefone, conversando sobre qualquer coisa, como por exemplo se o sorvete de manga da Kibon tem ou não leite em sua fórmula.
É o nosso primeiro amor que a vai nos salvar um dia, É ele que esperamos encontrar na esquina de uma rua qualquer, na esperança de que ele nos olhe daquele jeito incondicional que nos saudava na saída da escola. Estou convencido de que todos os nossos gestos de carinho, o que temos de romantismo, nosso sorriso mais terno, os poemas que escrevemos, são sempre uma homenagem ao primeiro amor, pois foi a primeira namorada que nos ensinou a amar a vida.
terça-feira, 15 de junho de 2010
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