
Estarei sempre à sua espera
cheio de surpresas nos bolsos:
a sua foto que acho mais bela,
e o bilhete com sua letra miúda,
pedindo para eu não te esquecer
e nem pensar em outra menina.
Levo comigo ainda o convite
para a peça do Teatro dos Sonhos,
em que você era sempre Julieta,
a falar de rouxinóis e cotovias, e
a apertar meu rosto no seu peito,
numa longa e macia despedida.
Guardo o papel onde desenhei
seu rosto no Bar das Estrelinhas,
com cabelos de mar revolto e olhos
de sóis gêmeos e amendoados.
e os versos que te faziam Fada,
Sereia, Princesa, Rainha da Magia.
Da Praça dos Suspiros, aquela que
se abre no Bosque dos Namorados,
trago a pedra branca, lisa, perfeita,
que vai rolar como grão de areia,
como prova de nosso amor sincero,
enquanto houver vida e existir mundo.